Hoje partilho mais um pequeno texto sobre Pessoa na pele de Ricardo Reis, escrevi-o quando estava no secundário. A próxima versão será mais complexa.
Na verdade, em “Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio” e “Prefiro
rosas, meu Amor, à pátria” é possível observar que o discípulo de Caeiro aceita
a antiga crença nos deuses enquanto disciplinadora das nossas emoções e
sentimentos, mas defende, sobretudo, a busca de uma felicidade relativa
alcançada pela indiferença à perturbação.
Do mesmo modo, em grande parte devido ao seu paganismo, o poeta aceita
o destino com naturalidade, considerando que os deuses estão acima do homem por
uma questão de grau, mas que acima dos deuses, no sistema pagão, apenas se
encontra o Fado, que tudo submete.
Em suma, acreditando na liberdade concedida pelos deuses, Ricardo Reis
procura alcançar a quietude e a perfeição dos mesmos, tendo em consideração a
existência do destino.
Sem comentários:
Enviar um comentário