quinta-feira, 3 de agosto de 2023

O neopaganismo e a crença no destino em Ricardo Reis

 Hoje partilho mais um pequeno texto sobre Pessoa na pele de Ricardo Reis, escrevi-o quando estava no secundário. A próxima versão será mais complexa.    

 Ricardo Reis é o poeta pagão, da serenidade epicurista, que aceita, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas.

Na verdade, em “Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio” e “Prefiro rosas, meu Amor, à pátria” é possível observar que o discípulo de Caeiro aceita a antiga crença nos deuses enquanto disciplinadora das nossas emoções e sentimentos, mas defende, sobretudo, a busca de uma felicidade relativa alcançada pela indiferença à perturbação.

Do mesmo modo, em grande parte devido ao seu paganismo, o poeta aceita o destino com naturalidade, considerando que os deuses estão acima do homem por uma questão de grau, mas que acima dos deuses, no sistema pagão, apenas se encontra o Fado, que tudo submete.

Em suma, acreditando na liberdade concedida pelos deuses, Ricardo Reis procura alcançar a quietude e a perfeição dos mesmos, tendo em consideração a existência do destino.



 

 

 

 

 

 

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