Hoje celebramos 51 anos
da “mais bela revolução do século XX”, 51 anos de Democracia e de Liberdade de
expressão, Liberdade para poder dizer tudo aquilo que penso, procurando sempre
mudar paradigmas e mentalidades, Liberdade para votar, estudar, cumprir com os
meus Deveres e Lutar pelos meus Direitos.
Eu sei que esta data “olha” para a
palavra Liberdade no seu sentido mais Lato e Histórico, mas, se me o permitem,
gostaria de (aproveitando a Liberdade que me é concedida) a explorar no seu
sentido mais estrito.
Será que esta palavra tem o mesmo
impacto para todos? Sim, estou a falar-vos da minha realidade enquanto pessoa
com deficiência e respondo-vos, perentoriamente, que NÃO TEM! Vejamos:
Alguém com 29 anos, uma
Licenciatura e uma Pessoa que não tem a Liberdade de ter uma AP (assistente
Pessoal), sendo este um fator impeditivo no aproveitamento das escassas
oportunidades de emprego; alguém que faz a sua Vida em função daquilo que o seu
extraordinário núcleo familiar consegue, sendo muitíssimo grata por isso. Percebendo
que nem quem cuida tem a Liberdade que desejaria, fruto da gestão que tem de
fazer entre: a sua vida pessoal, profissional e o ato de cuidar. (quase com 30 anos
esta questão acarreta consigo, por vezes, um confronto de ideias interno). Não
desvalorizando as manas, a minha cuidadora informal, essa então, tem a
Liberdade de ser esquecida pelo Estado.
Não seria esta uma Responsabilidade
Estatal? Será um Estado capaz de me dar condições para continuar a Lutar pelos
meus Direitos?
25 de abril Sempre, Fascismo nunca
mais! Que todos nós tenhamos a oportunidade de o comemorar sempre! Com este
Marco Histórico podemos debater estas e muitas outras questões. Ainda bem que existiu
a “mais bela revolução do século XX”.
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