sexta-feira, 7 de outubro de 2022

A natureza mórbida

 

Vi-te nessa noite amada tão voluptuosa!

Chorando as camélias que outrora trazias no cabelo.

E junto ao orvalho mórbido estavas,

Estavas contemplando a tua sepultura poética,

Aquela que fez flamejar cada poema teu.

 

Da glória nasceu esse teu fado,

Para que o diabo o carregue às costas!

E tu! Gigante Adamastor onde pairas?

Nas águas em cetim te glorificaste,

Só para veres aquela criatura tão voluptuosa.

 

Foi na sede de sepultura,

Que ela viu, viu crescer um homem,

Uma palavra um poema!

E em ferro e fogo me desfaço,

Para poder ver a camélia,

Por quem outrora estive chorando.  

      

Lê-se em Com passos.

Sem comentários:

Dia Mundial Da Língua Portuguesa

  Hoje partilho dois pensamentos: A língua portuguesa é extremamente rica. É necessário continuar a preservá-la lendo os nossos escritores.