Vergas alta âncora na malícia!
Como se da diligência do corpo
Se fizessem alegorias da alma.
Ah, se tanto eu navegasse
Na imensidão do infinito.
Que da nau estúpida de meu nome
Saíram as sósias de meu outrora.
E cá vou andando
Por luares felizmente
Na brevidade das âncoras,
Que da congratulação aos céus,
Param os sábios as escrituras.
Oh, meu mestre Masaoka Shiki,
Que é desse teu haiku das palavras de Deus?
Ah, âncora que vergas alta, és memória em corpo.
Agora, minha âncora reza a consciência perturbada
Liberta-me do fumo negro onde estou navegando.
Ah, sátiras divinas, quem vos perdeu?
Submeto-me ao mar da vida medíocre,
De quem sou, de quem fui num gesto só.
Não sei se me fique por sétimas tenentes de Beresford,
Ou se vá em frente, na vingança do que não vinguei,
Na vingança das âncoras que ainda mal verguei!
Haiku – poesia em japonês.
Masaoka Shiki – mestre da poesia japonesa.
Lê-se Com passos
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