quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Aquela meiga trovoada

 

Oh! Cidade que eu amo, que eu odeio,

 Mulher diabólica que passa na rua e que, corre, grita, gesticula, pula, enlouquece,

 Que chora junto ao rio como uma casa chora de alegria,

 E com o teu odor suave encantas-me como o sal doce.

Nas montanhas vi de longe

Os guerreiros, aqueles que navegaram que lutaram por tudo.

 

Porque me deixaste partir?

Porque sabes quem sou?

Porque sou ignorante?

Porque saio da tua alma?

O vento reina em mim,

Bebo o desejo das Astúrias!

Para o mundo, escuta e olha!

Para que eu possa mover-me em teu torno,

E que a maldição desça dos céus!

 

Que da tua alma exilada no peito,    

Hei de conservar tudo aquilo que me resta,

Para que te possa dizer o quanto te amo,

 Para que possa ver se te arrasto para meu leito,

Para que possa ver aquela meiga trovoada,

E os Lusitanos que sempre me iluminaram!

 

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