Oh!
Cidade que eu amo, que eu odeio,
Mulher diabólica que passa na rua e que, corre,
grita, gesticula, pula, enlouquece,
Que chora junto ao rio como uma casa chora de
alegria,
E com o teu odor suave encantas-me como o sal
doce.
Nas montanhas vi de longe
Os guerreiros, aqueles que
navegaram que lutaram por tudo.
Porque me deixaste partir?
Porque sabes quem sou?
Porque sou ignorante?
Porque saio da tua alma?
O vento reina em mim,
Bebo o desejo das Astúrias!
Para o mundo, escuta e olha!
Para que eu possa mover-me em teu
torno,
E que a maldição desça dos céus!
Que da tua alma exilada no peito,
Hei de conservar tudo aquilo que
me resta,
Para que te possa dizer o quanto
te amo,
Para que possa ver se te arrasto para meu
leito,
Para que possa ver aquela meiga
trovoada,
E os Lusitanos que sempre me
iluminaram!
Lê-se em Com passos
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