Lembra-te do nome a que te dás rosália,
Para que eu
possa ser o teu fado lunar, lunar.
Em retratos
vejo a tua mocidade crescer, crescer.
Oh, rosália
minha, teu nome cantou a pátria divina,
A quem deste
nome por inteiro na clareza de um simples olhar.
Ó vento que
sopras no beiral como se existisse o tudo de teu nome.
Teçam-se navios
ao cais do Porto.
Quem partiu
nesta mágoa da vida?
Acendem-se
velas ao cair da noite no farol iluminado,
E eu ali fico,
sem saber porquê nem porque não.
O tremular das
velas é gigante, tento superá-lo como uma nuvem.
É fina a linha
do horizonte onde me debruço numa tão clara réstia de nós.
Sou como o
vento numa manhã de nevoeiro,
Desapareço e
volto, sou um mito engajado!
Sou uma pétala
de uma rosália que partiu,
Há de voltar
quando o sol estiver descoberto.
Lê-se em Com
passos.
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