sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Lembra-te do nome a que te dás

 

 Lembra-te do nome a que te dás rosália,

Para que eu possa ser o teu fado lunar, lunar.

Em retratos vejo a tua mocidade crescer, crescer.

Oh, rosália minha, teu nome cantou a pátria divina,

A quem deste nome por inteiro na clareza de um simples olhar.

Ó vento que sopras no beiral como se existisse o tudo de teu nome.

 

Teçam-se navios ao cais do Porto.

Quem partiu nesta mágoa da vida?

Acendem-se velas ao cair da noite no farol iluminado,

E eu ali fico, sem saber porquê nem porque não.

O tremular das velas é gigante, tento superá-lo como uma nuvem.

É fina a linha do horizonte onde me debruço numa tão clara réstia de nós.

 

Sou como o vento numa manhã de nevoeiro,

Desapareço e volto, sou um mito engajado!

Sou uma pétala de uma rosália que partiu,

Há de voltar quando o sol estiver descoberto.


Lê-se em Com passos.

 

 

 

 

 

 

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