sexta-feira, 7 de outubro de 2022

O arrependimento do vento

 

Girando sobre a tua alma

Veio e oiço sair do teu sopro,

Os dizeres indeléveis,

Que outrora dançaram sobre mim.

Oh! Meu vento, meu vento

Dai-me agora o engenho do fulgor!

Para eu poder contar o tempo.

 

Porque tudo o que vive é universo,

E porque o tempo é universo,

Peço-te que beijes as folhas,

Que te fizeram chorar   

Que te fizeram rir

Que te fizeram arrepender,

Dos erros que cometeste.

 

Mas veleiro das emoções,

Tudo se diz, tudo se diz

Até mesmo aquilo que não queremos dizer.

Quantas cores é que tu tens?

Sopras as desculpas das árvores,

Que da manhã cinzenta e arrepiada,

Ouviram as desculpas do teu arrependimento.

 

Lê-se em Com passos

 

 

   

   

 

 

 

 

 

 

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