sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Voz que há em mim

 

Uma voz, um suspiro, um aperto de mão.

E naquela encruzilhada de fogo estive,

Estive sem certezas, sem porquês, sem nada.

Fiquei somente com aquelas tristezas,

(Que de uns e de outros olhos derivaram.)

 

Em glória estou, em glória fico.

Esperando por uma voz,

Quantas vezes te disseram adeus?

Quantas vezes tiveste um desejo?

Dai-me agora a voz indelével do céu

Para que eu possa ver algo.

Algo tão longe, mas tão perto,

Perto como o último poema,

O mais perfeito

O último de todos!

 

Aquele que faz flutuar todos os rumores,

Que aquela noite de malícia me trouxera.

Oh! Rumores, rumores,

Porque me enganaram?

Porque me fizeram chorar?

Debruço-me sobre o divã da minha voz!

Oh! Voz que há em mim.

 

 O verso que está entre parênteses não se encontra em Com passos. O versos que foi publicado em seu lugar foi – Que por mim ainda mal passaram.  

 

 

    

 

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